segunda-feira, 4 de junho de 2012

Especiarias - Aromas, sabores e saúde

Por Marise Berg
 Desde que o mundo é mundo, as especiarias de um canto foram parar em outro levadas por ventos, marés pássaros, insetos e pelo homem. Elas perfumam e conservam os alimentos, afastam maus espíritos, tratam feridas, levantam semimortos, protegem guerreiros das batalhas, destroem inimigos, homenageiam reis e acalmam deuses (Rosa Nepomuceno).
As especiarias são plantas especiais com propriedades aromáticas, digestivas e funcionais (benefícios fisiológicos), que adicionam aroma, sabor e saúde aos alimentos.
São chamadas de especiarias as flores, os frutos, as sementes, as cascas, os caules, as raízes e a resina, enquanto as ervas aromáticas compreendem as folhas.
Ao redor do mundo, encontramos uma infinidade de espécies como açafrão-da-terra, açafrão, alecrim, alho poró, anis, baunilha, canela, cardamomo, cerefólio, coentro cominho, endro (dill), erva-doce, feno-grego, funcho, gengibre, hortelã, louro, manjericão, manjerona, mostarda, noz moscada, orégano, pimenta-do-reino, pimenta rosa, salsa, sálvia e tomilho.
A literatura mostra que esses alimentos vegetais são riquíssimos em vitaminas, minerais e substâncias fitoquímicas com efeitos benéficos ao organismo. Dentre os efeitos fisiológicos e nutricionais positivos, destacam-se:
  • O estímulo à digestão e ao metabolismo;
  • O enriquecimento do aroma e sabor, proporcionando prazer, riqueza sensorial e o amadurecimento do paladar;
  • A adição de sabor, favorecendo a redução do uso de sal (sódio) e açúcar;
  • A adição natural de vitaminas, minerais e fitoquímicos rejuvenescedores (compostos fenólicos, flavonóides - antioxidantes que agem como seqüestradores de radicais livres e bloqueadores de reações de morte e/ou “defeitos” celulares em cadeia);
  • Atuação como agentes terapêuticos contra doenças de resposta inflamatória;
As especiarias picantes como o gengibre e o açafrão da terra podem ser utilizadas como ferramentas coadjuvantes na redução de gordura corporal e manutenção do peso, pois estimulam a termogênese facultativa, ou seja, a utilização da energia na geração de calor, reduzindo o seu acúmulo na forma de gordura. Estudos também sugerem a sua atuação benéfica no metabolismo lipídico. Outra característica importante é a inibição de enzimas relacionadas à peroxidação lipídica (prevenindo inflamações e doenças cardiovasculares).
Como escolher as especiarias
  • Deixando a inteligência do corpo escolher quando ingerir certas especiarias e quando evitar outras;
  • Usando a criatividade e a sensibilidade. Não existe distinção entre doce e salgado, e um mesmo condimento pode ser utilizado para dar aroma e sabor a caldas, bolos, geléias e feijões;
  • Respeitando os sentidos: paladar, olfato, visão, tato, audição;
  • Observando possíveis efeitos adversos: queimação nos lábios e estômago, coceira na pele, dormência na língua;
Incorporar as especiarias ao cardápio enriquecerá os sentidos, fortalecerá naturalmente a digestão e possivelmente protegerá o organismo do envelhecimento e adoecimento.
Consumir especiarias variadas com regularidade traz benefícios nutricionais minimizando os riscos de intoxicações, alergias e efeitos adversos.
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Matéria escrita por: Marise Berg - Graduanda em Nutrição pela São Camilo (São Paulo), Terapeuta e Culinarista Ayurvedica com especialização em Consciência alimentar e Rasayana (rejuvenescimento). Formada em Ayurveda pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya, com especializações pela Kerala Ayurvedic Chikitsalayam, Vishwanath Panchakarma Centre, e International Academy of Ayurveda - Índia. Iniciada nos Cinco Treinamentos da Consciência pelo Monge budista Thich Nhat Hanh, em 2009. Local de atendimento: Clínica Cítara Saúde (011) 3814-0700, Cel: (11) 8201-3647 E-mail: mariseberg@hotmail.com, site: www.ayurvedicamente.com.br 
Referências
POLE, Sebastian. Ayurvedic Medicine. Ed. Elsevier, 2006.Philadelphia.
LAD Vasant; FRAWLEY David. The Yoga of Herbs. Ed Lotus Press, 1988, Twin Lakes, USA.
MOREIRA, Ana; MANCINI-FILHO Jorge. Influência dos compostos fenólicos de especiarias sobre a lipoperoxidação e o perfil lipídico de tecidos de ratos. Rev. Nutr., Campinas, 17(4):411-424, out./dez., 2004.
BIANCO, Antônio. Hormônios Tireóideos, UCPs e Termogênese. Departamento de Fisiologia e Biofísica, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Arq Bras endocrinol metab vol 44 no. 4 Ago 2000.
WEI Zheng; SHIOW Y. Wang. Antioxidant Activity and Phenolic Compounds in Selected Herbs . J. Agric. Food Chem. 2001, 49, 5165−5170
COSTA, Neuza; ROSA, Carla. Alimentos Funcionais. Rio de Janeiro, Ed. Rubio, 2010.


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